A pandemia convidou todos os profissionais a um movimento “forçado” ao trabalho remoto.

Popularmente conhecido como home office ou teletrabalho, ele já vinha sendo adotado, porém de maneira gradual e na maioria dos casos, o profissional poderia escolher entre trabalhar remoto ou permanecer no escritório da empresa.
Com a pandemia o processo de migração foi extremamente agilizado.
Para alguns trabalhadores o home office é encarado como uma benção pois a pessoa pode fazer tudo do conforto de casa em segurança, sem precisar gastar horas no trânsito, sem o estresse do transporte público, apenas ligando o computador em casa e produzindo por horas.
Outros encaram como um verdadeiro inferno, ficar em casa o dia todo, trabalhar por muito mais tempo, muitas reuniões e nem todas produtivas, barulhos, vizinhos, distrações com família, afazeres domésticos, etc.
Aumentaram o número de reclamações de estresse causado pelo excesso de trabalho especialmente para as mulheres que muitas vezes já encaravam uma jornada dupla ou tripla.
E que agora em casa precisam fazer tudo ao mesmo tempo, participar das reuniões, cuidar das crianças, fazer comida, estudar, entregar as tarefas no prazo e administrar a convivência de todos dentro de casa.
O trabalho remoto pegou a maioria das pessoas de surpresa e muitos sequer tinham uma estrutura apropriada para o trabalho em casa.
A sala, o quarto ou a mesa da cozinha viraram a estação e o escritório de trabalho.
O ambiente físico foi readaptado, as pessoas conseguiram ou tiveram de alguma forma que se ajustar ao novo modelo.
Porém o mais preocupante são os efeitos psicológicos dessa mudança repentina.
Como as pessoas reagem a esta mudança?
Algumas pessoas perceberam nessa mudança uma possibilidade de ter mais qualidade de vida, proximidade com os familiares e segurança. Porém outras não veem a hora de voltar para a rotina do escritório.
Mas o que muda nessas pessoas? uma teoria é que os perfis comportamentais influenciam muito nessa opção de trabalho remoto ou escritório.
Por exemplo, os estáveis e analíticos às vezes têm melhor adaptação ao modelo home office pois preferem ambientes mais calmos, silenciosos, sem interferências de outras pessoas.
Os analíticos por serem mais detalhistas, precisos e cautelosos, preferem menos interação com as pessoas e por isso focam mais na qualidade se estiverem em uma casa com ambiente propício e isolado, desta forma podem produzir mais e serão também mais felizes.
Os estáveis precisam de segurança, gostam de ambientes harmônicos, sem o estresse do dia a dia do escritório e do transporte diário, podem produzir bem se o ambiente familiar também for calmo e harmônico.
As pessoas que apresentam preferências comportamentais do perfil influente e dominante podem apresentar alguma rejeição ao modelo home office.
Os influentes provavelmente estão sofrendo com a opção de trabalho remoto pois são orientados para pessoas, precisam estar em ambientes onde possam utilizar todo o seu poder de comunicação para influenciar outras pessoas.
São dispersos e em casa somente interagindo via computador estão deslocados nos ambientes de trabalho e sentindo falta da conexão humana.
Já os dominantes por apresentarem comportamentos mais ousados, querem inovar, são orientados para a ação, podem estar trabalhando demais para trazer mais resultados pois são competitivos e estressando todos que estão a sua volta pois exigem a mesma performance de todos.
É claro que o ambiente domiciliar interfere na produtividade da pessoa independente do perfil comportamental. Um analítico que mora em uma casa com várias pessoas e todas falando ao mesmo tempo, vai preferir voltar ao escritório, o estável em uma casa em desarmonia também vai procurar um outro local para trabalhar.
Fato é que o teletrabalho virou uma realidade e precisamos encará-lo com as suas diversas faces, em especial os líderes e a área de gestão de pessoas precisam estar atentos ao desempenho do colaborador nesse novo modelo de trabalho.
Pois que é motivacional para uns é o oposto para outros.
Aqui no nosso blog nós temos um artigo muito interessante sobre o papel do gestor no bem estar da equipe, vale a pena conferir.
Após a pandemia muitas empresas já anunciaram que irão manter o trabalho remoto, algumas terão alguns dias para que o colaborador vá até empresa e outras nem terão mais uma estrutura física.
Neste novo modelo talvez seja a hora dos coworkings aparecerem como uma solução viável para empresas e colaboradores.
Em um CoWorking é possível encontrar toda uma estrutura planejada e pensada para o trabalho.
É uma alternativa para solucionar o problema do isolamento, é um ambiente propício para o networking, é possível alocar uma equipe inteira ou trabalhador autônomo, pode ajudar a melhorar a produtividade.
Além de ser mais sustentável e econômico para as empresas.
O importante é estar atento as necessidades do trabalhador com relação ao novo tipo de trabalho e a sua adaptação para que não se tenha problemas motivacionais e de produtividade.
Nosso Instituto pensando na qualidade de vida e bem-estar dos trabalhadores, também possui um CoWorking aproveite para conhecer.
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