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CONTEÚDO KAZ

O papel do gestor na saúde mental e do bem-estar da equipe

O isolamento está provocando a criação de novos hábitos e comportamentos no universo corporativo.



Até o momento não existem pesquisas que apontam o impacto do Coronavírus na saúde global, mas se levarmos em consideração a quantidade de resultados na busca do Google, textos, lives, vídeos sobre o assunto, podemos inferir que as consequências serão grandes, sendo que alguns especialistas já falam que a próxima pandemia será da Saúde Mental.


O que já sabemos, ou melhor, estamos vivenciando é que o isolamento está provocando criação de novos hábitos e comportamentos no universo corporativo.


Segundo Joana Story, professora de gestão na Fundação Getúlio Vargas:

“Estamos lidando com uma questão global que tem impacto nas pessoas, e é preciso entender que os modelos de gestão serão diferentes. Não se pode priorizar o lucro neste momento: o gestor deve pensar de forma mais ampla sobre as consequências e impactos sociais para resolver a crise”.

Esta mudança está ligada a transformação das dinâmicas da empresa, como também, ao aumento da transparência na comunicação da liderança com os funcionários.


Mas como fazer isso no momento em que todos parecem estar a beira do colapso e ainda, há muitos entraves quando a questão é saúde mental e bem estar?


Mundialmente, mais de 300 milhões de pessoas sofrem de depressão e 260 milhões vivem com transtornos de ansiedade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).


Estimativas da instituição afirmam que os dois distúrbios custam à economia US$ 1 trilhão ao ano em perda de produtividade.


Os transtornos comportamentais e de saúde mental já são a terceira causa de afastamento de trabalhadores no Brasil. Foram mais de 9 mil afastamentos do tipo em 2017, segundo a Secretaria da Previdência - último dado disponível.

Ou seja, antes da pandemia o número de pessoas com depressão, ansiedade e outras doenças psicológicas já estavam em constante crescente, sendo possível identificarmos as consequências do estilo de vida frenético que levávamos, o que dizer de agora?


Gestores e colaboradores precisam de saúde mental para o desenvolvimento de um bom trabalho e para a manutenção de um clima positivo e estimulante na empresa.


Mas, o que significa ter saúde mental? O que o gestor pode fazer neste retorno pós pandemia?


Ter saúde mental no ambiente de trabalho significa ser capaz de desempenhar bem as atividades, desenvolver potencial criativo, nutrir bons relacionamentos, ou seja, trabalhar com prazer e com um senso de propósito!


Não existe uma fórmula quando se fala em saúde mental de colaboradores, pois esta é multifatorial e individual. Mas aqui vão algumas dicas que você pode aplicar no seu dia a dia.


Como gestor:

  • Exercer papel colaborativo – buscar em conjunto com seus liderados soluções para as novas demandas e dinâmicas da empresa.

  • Ampliar visão de mundo – postura mais do coletivo e não da entrega de resultado a qualquer custo (não é para deixar de lado as entregas), mas é o momento de olhar o ser humano, entendendo quais são os impactos psicoemocionais sofridos no período de quarentena.

  • Demonstrar posturas mais realistas, mostrando que também possuem seus medos, angústias e dificuldades. Essa postura ajuda no processo de ressignificação (mudança de sentido sobre um conceito ou situação) e assim, podendo direcionar seus liderados para profissionais especializados que possam ajudar em situações de sofrimento – como psicólogos e psiquiatras.

  • Ter escuta ativa e empatia – ajuda a identificar quando o liderado necessita de ajuda. Muitas vezes uma pausa para um café pode ser uma excelente oportunidade de conhecer melhor seu liderado, suas necessidades e também motivá-lo e engajá-lo para as ações.

  • Ser um agente de combate a qualquer tipo de preconceito – nesse momento a sensação de acolhimento traz segurança para desempenho das atividades.

  • Promover palestras e encontros que tratem do assunto.

  • Ter uma comunicação clara e transparente sobre a situação da empresa.

  • Oferecer feedbacks frequentes.

E para finalizar, deixo duas reflexões para este momento:

  1. Em primeiro lugar preciso aprimorar meu “olhar para mim mesmo” para que eu consiga exercer um papel de gestor/líder como agente transformador com o “olhar para o outro”!

  2. Foco nas ações de humanização de relação, ao contrário do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”!

Um abraço,


Carolina Frutos | Psicóloga Clínica e Especialista em Desenvolvimento de Carreira.

Graduada em Psicologia - Formação em Terapia Cognitiva Comportamental, MBA em Gestão Empresarial. Instagram: @psicarolinafrutos

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